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Foi em 2016 que a tecnologia começou a se tornar parte essencial da minha vida. Na escola, fui convidado a participar do Torneio Brasileiro de Robótica e me juntei a um grupo de 10 alunos, cada um com uma função específica. A minha? Programador.

Na inocência da infância, acreditei por muito tempo que a robótica era minha grande paixão. Cheguei até a me imaginar cursando Engenharia Mecatrônica. Mas, com o tempo e com as experiências que acumulei em competições futuras, percebi que, na verdade, o que realmente me fascinava era resolver problemas com tecnologia. Programação foi o que me conectou a isso de verdade.

Nosso primeiro ano como equipe foi marcante: conseguimos chegar até a etapa nacional da competição! Um feito gigantesco, considerando a quantidade de equipes que concorriam. Foi ali que comecei a entender o que era trabalho em equipe, resiliência e a emoção de ver um projeto sair do papel e ganhar vida.

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Avançando alguns anos, cheguei a 2019, meu último torneio de robótica. Dessa vez, estava liderando a equipe, que agora era muito mais madura e com objetivos bem definidos. E para fechar essa jornada com chave de ouro, nos classificamos novamente para a etapa nacional, mas com um diferencial: nos tornamos campeões gerais na etapa regional!

Esse foi um dos momentos mais gratificantes da minha vida. Não apenas pelo resultado, mas porque vi de perto o impacto de planejamento, liderança e estratégia. Era o fim de um ciclo, mas a certeza de que eu queria seguir na área de tecnologia só crescia.

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2020 foi um ano decisivo. O ensino médio começava e, com ele, veio a grande dúvida: qual curso escolher?

Sabia que queria trabalhar com tecnologia, mas a dúvida sobre qual caminho seguir era enorme. Tinha pelo menos cinco opções em mente, e escolher parecia impossível. Como ainda tinha alguns anos pela frente antes de decidir, resolvi dar o primeiro passo: comprei meu primeiro curso de programação.

A linguagem escolhida? Python. Mal sabia eu que essa decisão abriria portas para tudo que viria depois.

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Preciso ser honesto: enrolei o ensino médio inteiro para terminar aquele curso de Python (que só finalizei em 2024). Mas, mesmo assim, senti que deveria aprender outra linguagem paralelamente. Dessa vez, escolhi JavaScript, já que o desenvolvimento web estava crescendo cada vez mais com o boom dos e-commerces.

No final do ensino médio, veio outra decisão importante: qual faculdade cursar? Sistemas de Informação foi a escolha que fez mais sentido para mim. Sempre gostei muito de finanças e administração, e fiquei surpreso ao descobrir que esse curso unia esses interesses à tecnologia. Isso foi o que impulsionou minha decisão.

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No meu primeiro ano de faculdade, percebi um grande obstáculo: minha timidez.

A área de tecnologia, muitas vezes, permite que você trabalhe mais nos bastidores, sem precisar interagir tanto. Mas eu sabia que, se não tomasse uma atitude, isso poderia me prejudicar no futuro. Então, tomei uma decisão que parecia completamente fora da curva: ir para o Exército.

Eu queria algo que me desafiasse de verdade. Algo que me forçasse a falar, liderar, me expor e aprender a lidar com pressão. Mesmo que não tivesse nada a ver com tecnologia, enxerguei nessa experiência uma oportunidade única de crescimento pessoal.

Nesse mesmo ano, tive minhas primeiras experiências profissionais, trabalhando em e-commerce e como atendente de farmácia. Cada uma dessas vivências me trouxe aprendizados valiosos sobre atendimento, organização e solução de problemas. Mas, naquele momento, meu foco principal ainda era o Exército.

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Se eu pudesse definir 2024 em uma palavra, seria transformação.

Conquistei uma das 30 vagas no Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR), um curso de 10 meses no Exército Brasileiro. Nossa missão? Ser treinados para comandar frações e sermos colocados à prova constantemente. Não havia espaço para timidez ou insegurança. Era tudo ou nada.

Ali, aprendi a enfrentar qualquer adversidade com tranquilidade, a me planejar melhor, a ser mais organizado e a pensar sob pressão. Aprendi até a falar em público! Foi uma experiência que mudou completamente minha postura e minha visão de mundo.

Além disso, esse ano foi marcante por outros motivos: tirei minha habilitação e fiz a melhor viagem da minha vida.

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Decidi estender minha jornada por mais um mês na Europa. Foi uma imersão cultural incrível, que me fez ver o mundo de outra forma.

E por fim, essa é minha história até aqui. Cada experiência me moldou para ser quem sou hoje, e sou extremamente grato por cada uma delas. O aprendizado nunca acaba, e estou sempre em busca de novos desafios para crescer ainda mais.